Não existe rio sem povo. Não existe povo sem rio.
Não existe rio sem povo. Não existe povo sem rio.
O São Francisco é assim, múltiplo,
porque é de todos, de muitos jeitos,
com muitas histórias e olhares.
Um rio feito de afluentes e de culturas diferentes,
que chegam de todos os cantos e criam algo único.
Alto, Médio, Submédio, Baixo,
inteiro São Francisco.
Pra ver o Velho Chico inteiro, de verdade,
tem que enxergar com o coração.
A arte tem que brilhar na retina,
a economia tem que vibrar,
a vida tem que pulsar. O Velho Chico das águas,
da fauna, da flora,
da cultura, da oportunidade,
das pessoas e dos sonhos.
Múltiplo, diverso, infinito.
Um rio que transborda trabalho, esperança,
novas histórias e novas realidades.
Porque o Velho Chico é uma contradição:
ao mesmo tempo em que está sempre mudando,
que é sempre novo,
nunca deixa de ser o mesmo em sua essência,
em sua força.
Por isso, cuidar do Velho Chico,
é cuidar do eterno e também do efêmero.
É perceber que as águas são o começo,
mas que existe muito mais além
do que a vista alcança.
Porque o São Francisco tá nos olhos,
tá nas mãos, tá na memória,
tá no sangue de todos nós.
E agir pelo rio, é agir pelas pessoas.
É agir pela vida e pelo futuro.
E é por isso que eu digo,
com a certeza de quem é um pouco Velho Chico também,
que o Velho Chico são muitos.
E se a gente cuidar,
vai ser cada vez mais.
O Velho Chico são muitos.
Que Velho Chico é você?
Por: Maurilo Andreas
Foto: Rodrigo de Angelis