No século 19, escravizados fugidos dos engenhos de açúcar se refugiaram no exato local em que o Rio São Francisco se encontra com o Oceano Atlântico. Ali, entre as dunas móveis que caracterizam a paisagem, fundaram a comunidade quilombola de Pixaim, onde desenvolveram um modo de vida sustentável e sintonizado com a dinâmica do estuário, em permanente transformação.
Por gerações, eles dependeram inteiramente do São Francisco. Suas fontes de sustento eram as plantações de arroz nos brejos rio abaixo e a farta pesca de peixes de água doce rio acima. No entanto, demandas cada vez maiores de água pelas usinas hidrelétricas rio acima começaram a ameaçar o antigo modo de vida da comunidade – demandas que os especialistas preveem que devem aumentar nos próximos anos no Nordeste, uma das regiões climaticamente mais vulneráveis do país.
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