“Riacho do Navio corre pro Pajeú
O rio Pajeú vai despejar no São Francisco
O rio São Francisco vai bater no meio do mar”.
O verso é parte da famosa canção do rei do baião Luiz Gonzaga, que compôs com o músico Zé Dantas, em 1955, a canção Riacho do Navio. A música nasceu como homenagem à cidade de Floresta (PE), após o pai de Luiz Gonzaga, Seu Januário, ter passado um tempo no município.
Com o primeiro povoamento começando de um oratório particular da Fazenda Grande, à margem direita do Rio Pajeú, pode-se dizer que o município de Floresta surgiu a partir da fé das pessoas que viviam naquele entorno. A proximidade com o Rio São Francisco e seus afluentes Pajeú e Riacho do Navio, aliada ao espírito de cristandade, atraíram o povo para o local. Em poucos anos, o povoado de Fazenda Grande foi elevado à categoria de Vila e em 1907, à categoria de cidade.
Aos 177 anos, a cidade está inserida na bacia do Rio Pajeú. Originalmente concentrando uma diversidade de riachos, Floresta possui atualmente uma população de mais de 31 mil habitantes, de acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas (IBGE) de 2015. A bacia do rio Pajeú é a maior do estado de Pernambuco, com uma área de mais de 16 mil km², correspondendo a 16,97% da área do estado. Nascendo no município de Brejinho, percorre uma extensão de aproximadamente 353 km até desaguar no lago de Itaparica, no rio São Francisco. Ao longo do seu curso, margeia as cidades de Itapetim, Tuparetama, Ingazeira, Afogados da Ingazeira, Carnaíba, Flores, Calumbi, Serra Talhada e Floresta.
Veja aqui fotos da cidade:
Tendo sua economia baseada no setor de serviços, a cidade fica a 433 km da capital pernambucana. No artesanato, destaca-se com o crochê, bordados, renda de bilro, tecelagem e couro. Mas entre tantos atrativos, o que chama muita atenção de quem visita a cidade são as construções antigas. O centro histórico da cidade é um encanto a parte por mostrar o quanto a população preserva suas raízes. Com cores diversas que se encarregam de dar um ar de calmaria, são cerca de 150 casas erguidas no estilo da arquitetura gótica e barroca e é lá que se encontra a primeira construção da cidade: a igreja Nossa Senhora do Rosário. Embora tenha toda essa tradição preservada, o sítio arquitetônico ainda não é tombado. Enquanto se aguarda esse passo importante que pode garantir a preservação do espaço e das construções, a população e a cidade mobilizada cuida com muito carinho do local que está sempre limpo e pronto a encantar quem chega por lá.
Assessoria de Comunicação do CBHSF:
TantoExpresso Comunicação e Mobilização Social
*Texto: Juciana Cavalcante
*Fotos: Geovana Jardim